domingo, 13 de novembro de 2011

Wind.

Cultive sua fome antes de idealizar
Motive sua raiva, faça tudo se realizar
Escale a montanha, nunca descendo
Descanse satisfeito, nunca caindo

Não tente parecer tão esperto
Não chore porque você está tão certo
Não vá com falsidade ou medo
Porque você irá se odiar no fim

Akeboshi.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Point of view


Não canso de me perguntar isso. Será? Será que eu te fiz feliz?
Sei que foi você que acabou com tudo, mas todo o tempo que passamos juntos significou muito para mim. Espero que também tenha significado para você. Agora eu estou chorando um oceano e não sei se é por estar lembrando do seu sorriso e de como ele é contagiante, ou de como seus olhos brilhavam cada vez que eu dizia que te amava. Mas é claro, eu também me lembro de cada vez que você dizia que também me amava. Às vezes acho que não passava de uma mentira.
Porra, eu jurei que faria o meu melhor pra mudar, mas você disse que não se importava. Que realmente não se importava! Agora eu olho o céu e por mais que ele esteja azul e lindo, eu vejo tudo cinza, tudo triste.
Pensando nos seus defeitos e qualidades, percebo que você não era aquilo que eu pensava, que eu só via o que eu queria ver. Percebo o quanto eu fui cega. E sim, estou te olhando de um outro, um novo modo. De outro ponto de vista. Cara, porque diabos fui me apaixonar por você? Por quê? Me diga, porque eu realmente não sei. E sinceramente, não desejo esse sentimento nem para o meu pior inimigo. Não mesmo!
Que saber de uma coisa?! Estou bem melhor sem você! Então é melhor você ficar onde está, porque não vou me arrastar aos seus pés como sempre faço. Como você adora que eu faço. Sim, eu ainda te amo, mas também sei que você não me ama. Que eu sou apenas uma distração idiota, que você sempre vai atrás de outras quando não estou. E cansei!
Você disse que não se importava, e realmente não se importou! Nunca se importou.

terça-feira, 28 de junho de 2011

A festa dos seu quinze anos...

A música era alta, todos dançavam, riam, se divertiam. Já eu só sentado em uma mesa qualquer, jogando conversa fora com um amigo.
Mas ela estava tão linda, perfeita com aquele vestido, como uma princesa. Dançara com varias pessoas, não conhecia metade delas. Reconheci apenas seu pai e irmão, com quem dançara a valsa.
Resolvi dançar um pouco. Não que eu seja um bom dançarino, mas dá pra enganar. Então começou a tocar sertanejo e logo vários casais começaram a se formar, o que não ajudou muito. Acho que vou tomar um ar.
Enquanto andava em direção a uma das enormes portas do salão fui olhando em volta, mas não a vi em lugar algum. Deve estar junto à grande aglomeração de pessoas, dançando com mais um desconhecido meu.
Sentei em um banquinho, tipo aqueles de pracinha, embaixo de uma arvore. Estava um clima razoavelmente agradável, um céu bem estrelado e a lua cheia brilhava lindamente.
Francamente, nem sei o que estou fazendo aqui. Por que eu vim mesmo? Ah sim, porque era a festa de aniversário de minha amada. 15 anos. E só de vê-la aparecer com aquele sorriso radiante valeu a pena.
De repente ouvi um soluço, baixo e contido. Alguém andou chorando. Quando me virei para ir embora, quase tropecei e acabei fazendo barulho. Ouvi então uma vozinha manhosa:
- Quem está aí? Pedro é você?
- Hm, sou eu sim.
Percebi que era ela quem estava falando comigo. Fora ela quem estava chorando. Ela saiu de trás da pequena planta onde se encontrava escondida.
- É... e-eu não... é que... hm...
- Não precisa se explicar.
- É embaraçoso.
- Eu sei. Você não quer voltar lá pra dentro?
- Não, eu prefiro ficar aqui fora.
- Quer que eu fique com você? Quer dizer, isso se quiser companhia...
- Sim eu quero, pode ficar - Disse com um pequeno sorriso.
Nos sentamos no mesmo banquinho. Queria saber por que ela estivera chorando, sendo que a tão pouco tempo parecia tão feliz. Olhei para a garota que agora olhava atentamente a lua. Parecia. Acho que fingir estar feliz foi algo que ela fez a noite toda. Oh, como queria abraçar aquele ser e lhe tirar todas as dores que ali se encontravam. Segurei na mão dela, então ela me olhou.
Havia uma certa confusão em seus belos olhos chocolate. Então me levantei e lhe estendi a outra mão. Ela se levantou e a pegou. Então coloquei uma de suas mãos em meu ombro e segurei sua cintura.
Começamos a dançar lentamente, ignorando a música agitada. E embora tivessemos dançado por pouco tempo, a mim pareceram horas. Era como se tivéssemos dançado a noite inteira. É, valsamos a noite toda.

"E a valsa nós dançamos ao luar
nós dançamos ao luar
nós dançamos ao luar..."

domingo, 26 de junho de 2011

P.S. : Eu te amo

Querido cretino,

      Sabe quando se é pequeno, criança, e pensa em quando for mais velho? E pensa em como seria bom viver um grande amor? Eu não fugia a regra. Eu era assim também, mesmo depois da infância. Mas sempre tive o cuidado de não demonstrar. Nunca quis ser mais uma daquelas garotas frágeis que uma hora ou outra são deixadas de lado. 
      Até que te conheci. Era tudo tão perfeito, e meu mundo ficou ficou mais colorido, mais rico, mais lindo. Achei que finalmente poderia viver um amor como aqueles em que se via em livros, filmes. Só com o que sentia por você achei que poderia destruir o mundo, governar exércitos, eu até poderia derreter geleiras polares sabia? Só pra demonstrar o que sinto por você. Quando descobri que talvez fosse correspondida achei que explodiria de felicidade. De repente minha vida ficou perfeita e achei que ninguém poderia estragá-la. Ninguém exceto você, não é? 
     Porque foi você quem acabou com ela. Era tudo sobre você. Minha vida era você. E você conseguiu acabar com tudo ao dizer que não me queria, que era apenas diversão. 
      Foi bom brincar comigo?
     Você me deixou, e meus sonhos e esperanças acabaram sendo jogados ao vento. Agora eu te odeio, mas também te amo. Isso é confuso, porque não sei exatamente o que sinto. Toda vez que te vejo minhas pernas ficam bambas e tenho vontade de te bater, quando ouço sua voz sinto calafrios e tristeza , quando te vejo com outra garota sinto tanto ciumes e tanto ódio. Mas acima de tudo, sempre que penso em você, sinto pena. Pena por saber que você é uma criatura tão insensível, pena por saber que não fui a primeira e nem a última a cair nos seus braços pra depois ser chutada, pena por saber que você não se arrepende e pena por saber que quando se arrepender será tarde demais, e quem estará sofrendo de amor será você.
     Sempre achei tolas aquelas mulheres que faziam loucuras quando eram deixadas e agora as entendo. Agora também percebo uma porção de coisas que antes era incapaz de perceber. Sempre foi um erro estar com você, mas sabe como dizem, aprendemos melhor com nossos erros do que com acertos. Por isso não mudaria nada no passado. Faria tudo de novo se pudesse. Posso estar na fossa agora, mas os momentos que passei com você foram os melhores da minha vida, e isso só pela sua presença. Droga! Não consigo te odiar por mais que eu queira. Me sinto inútil. Uma idiota frágil e sem saber o que fazer. Como as garotas que tanto desprezava. Irônico. 
     Sei provavelmente que nem chegue a ler isso. Estará com certeza mais ocupado 'catando' alguma guria, que cairá na lábia do Sr. Cafajeste e depois irá se lamentar eternamente por isso. Mas precisava de um jeito, desabafar simplesmente. E a melhor opção que encontrei foi escrevendo uma carta a você.

Com toda a minha angustia,
Seu amor.